segunda-feira, 7 de julho de 2008

Em São Paulo, artistas mostram em exposição diferentes visões do futuro




Uma exposição em São Paulo reuniu obras de 17 artistas que mostram visões do futuro bem diferentes daquelas que a gente vê em filmes de ficção científica.

Picolé de graça nos parques de São Paulo. Tão surpreendente quanto o preço é o sabor. “É saudável, bem natural e mata a sede”, comenta um rapaz. Parece pegadinha, mas é arte. O picolé de gelo é um alerta sobre a escassez de água no planeta. “Economizando, a gente pensa no futuro”, ressalta uma jovem.

Um lago, geleiras. Será que no futuro paisagens assim só existirão artificialmente? Que tal uma floresta em miniatura para se refugiar da correria da cidade grande? “Dá uma paz diferente. Você se desliga totalmente da cidade”, observa....

A ameaça ao meio ambiente é apenas uma das reflexões da exposição “O Futuro do Presente”. A arte surge de onde menos se espera: da atividade do cérebro, da intensidade do vento. Apesar da frieza dos componentes, em uma instalação artística as máquinas se emocionam e gritam.

“É uma proposta de libertação, de ficar à deriva, ao sabor do devaneio. A não ter tantas rotas pré-fabricadas e sair um pouco da rotina”, explica o curador da exposição, Agnaldo Farias.

É experimentando que se faz o futuro. E, para os artistas, esse futuro depende mais de criatividade do que de tecnologia. Dois carrinhos de supermercado, por exemplo, são uma obra de arte. Uma crítica ao consumismo sem limites da sociedade moderna. “As pessoas consomem muito por compulsão. Muitas vezes elas não precisam, mas acabam comprando”, explica o monitor Fábio Rosa.

Se os artistas conseguem ver o futuro, a exposição mostra que ele é bem diferente do que se imaginava no século passado. “A gente não mora em nave espacial, não comemos pílula no café. O século 21 aponta para o agora. Nós podemos mudar o cenário para o amanhã”, finaliza a curadora Cristiana Tejo.

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