terça-feira, 10 de junho de 2008

Oneomania

Compras, compras, compras. Num país capitalista, pós-moderno a palavra de lei é a aquisição de bens e serviços para uma vida proveitosa e feliz.
O que a maioria das pessoas não sabe é que esse anseio por aquisição esconde uma doença psicossomática, que atua silenciosamente em várias pessoas em todo o mundo: O consumo compulsivo ou a oneomania.
De acordo com o psicólogo clínico, Arthur Scarpato, “o consumidor compulsivo é aquele que compra mais do que necessita para se satisfazer com o ato da compra ou em ter um objeto”. As pessoas que indicam esse quadro têm dificuldade de admitir a doença.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Época entrevista VICKI ROBIN, escritora do livro Seu Dinheiro ou Sua Vida

ÉPOCA - Por que se consome tanto hoje em dia?
Vicki Robin
- Porque a cultura do consumismo vende a vergonha. Se a propaganda puder envergonhar alguém, terá um consumidor em potencial. As pessoas se envergonham de não ter algo. E correm às compras para cobrir essa vergonha imediatamente. Dessa forma, nossa cultura vende vergonha e sentimento de inferioridade. E ninguém quer ser inferior aos outros.

ÉPOCA - Como isso acontece?
Vicki
- As propagandas passam a idéia de que você é infeliz, gorda e feia. Ao comprar determinado produto, porém, poderá ser feliz, jovem, magra. E com namorado. Sutilmente, dizem que podem melhorar sua vida. Além disso, a cultura do consumo corta a ligação com a família. Quem tem amigos não consome tanto. Quando se tem família, tudo acontece ao redor dela. Longe de ambos, é preciso pagar por tudo. O consumismo cresce quando essas ligações são rompidas. O consumismo nos ensina que o mundo é morto, sem vida. Ele faz você se sentir sozinho. Por isso, tento reconectar as pessoas entre si e com seu mundo interior.

ÉPOCA - As pessoas são mais felizes se compram mais?
Vicki
- É o que chamamos de curva da felicidade. Quando você compra o que é necessário para sobreviver, há muita alegria em relação ao valor gasto. Quando é por conforto, a alegria é menor. Depois de certo ponto, comprar não dá mais felicidade. Tudo será lixo - coisas que você compra, mas que não lhe dão nada. Pode ser até mesmo uma casa.

ÉPOCA - As crianças de hoje começam a consumir muito cedo. Existe um modo de minimizar isso?
Vicki -
A indústria de propaganda mira conscientemente as crianças. Sabe que, se as ensinam cedo a tomar Coca-Cola em vez de Pepsi, a vida inteira consumirão Coca-Cola sem se dar conta. As agências de propaganda sabem detalhes como o tom de vermelho de que uma criança de 2 anos gosta. As crianças ficam muito tempo em frente à televisão. Nos primeiros cinco anos, aprendem a realidade por meio da TV. Por isso é muito difícil uma pessoa, ao chegar aos 40, se dar conta de que algo que ela entende desde a infância como verdade não é verdade. A Coca-Cola vai ser melhor que a Pepsi para sempre.

ÉPOCA - Muitas pessoas dizem que têm o direito de gastar o que querem porque ganham seu dinheiro. O que dizer a elas?
Vicki
- É a lei do consumismo. Se tenho dinheiro, posso comprar o que quero sem pensar. É muito difícil confrontar essas pessoas, pois a cultura nos diz que isso é correto.



OS 4 "ERRES" PODE SER UMA SOLUÇÃO

Reportagem: 12/05/2008 _ Quatro 'erres' contra o consumismo

Infelizmente o valor de sociedade compreensiva, caridosa, que tem compaixão, disposta a ajudar os carentes foi rompido pelo egoísmo, consumismo e outros valores supérfluos. E o pior a cada dia esses novos valores estão laçando novas vítimas.
O problema não é consumir e sim o que consumir, precisamos consumir o essencial, porém na realidade consumimos muito além disso. E enquanto nos preocupamos em sustentar este nosso vício proposto pela mídia, existem pessoas que não tem condições de consumir o necessário, como uma alimentação saudável. É muita injustiça!
Este vício tem atacado também o nosso planeta, que a cada dia se torna mais impotente, degradado por ter que manter o consumismo mundial.
Se o mundo se conscientizar e tomar atitude os 4 "erres" pode ser uma excelente solução. Mas para que essa solução seja eficaz é preciso incorporar na vida cotidiana os quatro “erres” principais: REDUZIR os objetos de consumo, REUTILIZAR os que já temos usado, RECICLAR os produtos dando-lhes outro fim e finalmente REJEITAR o que é oferecido pelo marketing com fúria ou sutilmente para ser consumido.




quinta-feira, 5 de junho de 2008


A doença do consumismo tem nome e preocupa as autoridades na área de saúde do Brasil: chama-se oneomania, ou consumo compulsivo. Segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, três em cada dez brasileiros, a maioria mulheres, compram compulsivamente. É gente que usufrui apenas o momento da compra, mas não o produto, que muitas vezes é deixado de lado sem utilidade alguma. A baixa estima e o sentimento de vazio são constantes. Depois da compra vem a sensação de culpa.

Um outro problema é o stress familiar. Quando quem sustenta a casa é obrigado a dizer “não” a um apelo consumista que parte do filho, da filha, do companheiro ou companheira, o resultado costuma ser desgastante. Brigas, conflitos, disputas e eventualmente, um desejo tão grande de ter aquilo que a propaganda exibe, que não se medem esforços - ou escrúpulos - para alcançar o objetivo. Daí para os pequenos roubos e furtos pode ser um pulo.

Segundo os pesquisadores da UNESCO, um dos males decorrentes do consumismo infantil é a obesidade, uma doença que já é considerada problema de saúde pública nos . Os comerciais de doces, biscoitos, guloseimas e redes de fast food que recorrem aos truques da animação gráfica ou ao auxílio luxuoso dos super-heróis da TV - que aparecem bem na função de garotos-propaganda - hipnotizam a garotada.

terça-feira, 3 de junho de 2008

http://br.youtube.com/watch?v=0vN-_gc8hMs&feature=related